sexta-feira, 28 de junho de 2013

Sabe? Quando chega a madrugada avançando ferozmente o relógio? Só se dar conta que teus olhos não se fecharam e que não dormiu por volta das três. Eu particularmente gosto desse horário. Ele me parece ser o horário mais quieto possível. Os barulhos se prendem naquelas grandes caixas que as pessoas entram e saem vomitando, e o resto está dormindo. Enfim, sempre gostei da minha inteligência, mas ela se curva perante minha loucura. Numa metáfora simples, minha inteligência é minha princesa e minha loucura, meu castelo. Castelo dá uma ideia de proteção, não é? Veja bem, eu diria que minha loucura é o bobo da corte, mas é ela quem me faz de bobo. Ela é todas essas paredes, todas as portas, todos os corredores. Ela quem me protege e quem quer desabar sobre minha cabeça. Essas pedras querem me devorar. Elas se estreitam, se deformam, me conduzem por caminhos oblíquos, distorcem minha verdade. Ela me afasta de minha princesa e às vezes nos une em uma sala só pra nós. Eu... Eu confesso que Hahaha. Ela me faz sorrir para o sol, apreciar realmente os (poucos) momentos de paz. Eu provavelmente pareço calmo. Estou começando a ter tiques... E o relógio me completa com os taques.
Saio desse castelo prum mundo lindo e doente.