Ela comia a terra em grandes porções com as mãos.
Seu rosto rachado como solo seco e sem olhos.
Seus cabelos negros, cacheados e algo entre arrepiados e duros.
Seu vestido verde com linhas brancas que cortam por ele como rachaduras no chão.
Sua boca presa entre abrir para colocar mais terra e mastigar o que já tinha dentro.
Acordei. Minha mente estava fora de controle de novo.
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
A palavra consertada a lápis no banheiro, dava pra ver que era do tipo de gente que não admite erro nas coisas, de quem acha que trocar palavras ou falar faltando alguma letra dentro de uma, invalida seu argumento. Otários que nunca entraram numa boca de lobo. Desconhecedores da população marginal da madrugada. Aqueles abandonados que não tem nada na vida exceto um ou dois conselhos pra dar a quem passar por eles sem cuspir. Feio assim. São a antítese do dia corrido; arrastados, sujos, embriagados, fedidos, anônimos, donos das ruas, senhores das noites, sombras dentro de sombras. Poderia dizer que o que se aprende entre eles não existe em livro algum, o que seria verdade, mas digo que passe lá teus dias ou semanas e veja.
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