terça-feira, 10 de abril de 2018

Não te esmaga o peito esse céu azul? O vento fresco como tapa no rosto. O sol como um soco bem quentinho. Esse cheiro maravilhoso corroendo tuas entranhas.
Acariciaria teu rosto todas as manhãs, tardes e noites fôssemos somente desejo.
Somos todo o resto e isso também.
Ah, se te digo flor, te digo tão bem, em segredo, nas entrelinhas de uma única palavra, toda minha admiração e carinho.
Na natureza dual das coisas belas, tudo é mundano frente ao celestial.
E toda essa beleza causa paz ou mal estar. O ruim deriva da efemeridade, o bom advém do esplendor.
Poderia escrever mil linhas de dor que transcrevessem minha angústia, e apenas um suspiro resumiria em ar o vazio que se faz...