sábado, 11 de abril de 2020

Os olhos pesando sob o vento forte que uiva nas frestas, o repousar da cabeça no colchão sem roupas, num pensamento temporário que se estica para um dormir entremeado de pequenos despertares
Rodopia os desejos suavemente trazendo o equilíbrio entre consciência e devaneio, sem provocar o decepcionante acordar
A chuva desce forte, como esperada surpresa, com seu cheiro molhado, com sua firmeza líquida, com seu peso pesado
Escorrem os sonhos como escorrem as águas
O sol me pegou as pernas, num cochilo de janela aberta
Esquentou-me durante um sono leve, alternado com a brisa leve